A partir de 2025, o alistamento militar feminino será uma realidade no Brasil, oferecendo novas oportunidades para mulheres que desejam contribuir com as Forças Armadas.
Esta mudança histórica abre portas para uma participação mais ativa e igualitária das mulheres no serviço militar, algo inédito no país.
Neste guia, vou explicar como funciona o alistamento, quem pode participar e os detalhes que você precisa saber para se inscrever.
Quem pode participar do alistamento militar feminino?
A partir de 2025, mulheres que completarem 18 anos poderão se alistar nas Forças Armadas de forma voluntária.
O alistamento será aberto para todas que atenderem aos critérios básicos: ser maior de idade no ano da inscrição e residir em uma cidade com Organizações Militares participantes do programa.
Esse é um passo importante para garantir que as mulheres tenham a oportunidade de contribuir de maneira igualitária nas Forças Armadas.
É importante destacar que o alistamento será voluntário, ou seja, diferente do masculino, as mulheres não serão obrigadas a se alistar, mas terão a opção de fazer isso, caso desejem.
Inicialmente, serão oferecidas 1.500 vagas, com planos para expandir esse número nos próximos anos.
Como funciona o alistamento militar feminino?
O processo de alistamento feminino seguirá o mesmo calendário e requisitos do masculino, acontecendo entre os meses de janeiro e junho.
As interessadas poderão se inscrever pelo site do Ministério da Defesa ou pessoalmente em uma Junta de Serviço Militar. O alistamento oferece um contrato inicial de 12 meses de serviço, com possibilidade de prorrogação por até 8 anos.
Após o processo de seleção, as candidatas passarão por treinamentos específicos e poderão atuar em diversas áreas das Forças Armadas, como saúde, logística e ensino, além de funções combatentes que, até recentemente, eram restritas aos homens.
A participação feminina nas forças bélicas está crescendo, e essa nova fase marca um avanço significativo para as mulheres nas Forças Armadas.
Áreas de atuação para as mulheres nas Forças Armadas
As mulheres já ocupam várias funções nas Forças Armadas, principalmente em áreas como saúde, educação e logística.
Com o alistamento militar feminino, elas terão a oportunidade de participar também de setores operacionais, podendo atuar diretamente em funções combatentes.
Além disso, concursos para cargos de oficiais e especializações em campos como Intendência e Comunicações já estão acessíveis para as mulheres.
Outros países, como Canadá e Noruega, permitem a atuação de mulheres na linha de frente desde a década de 1980, e a introdução desse direito no Brasil coloca o país em linha com outras nações que têm buscado integrar mais as mulheres nas áreas de combate.
O que esperar após o alistamento

Uma vez incorporada às Forças Armadas, a mulher alistada terá o compromisso de cumprir as obrigações militares conforme previsto na legislação, assim como os homens.
Isso inclui participar de treinamentos físicos e técnicos, além de seguir o regime disciplinar e hierárquico característico das Forças.
É importante mencionar que, embora o alistamento seja voluntário, após a inscrição e aceitação no programa, o serviço militar torna-se obrigatório, e o não cumprimento pode resultar em penalidades, como em qualquer serviço militar.
Como se inscrever no alistamento militar feminino?
Se você está interessada em participar do alistamento militar feminino, o primeiro passo é ficar atenta às datas de inscrição, que ocorrerão de janeiro a junho de 2025.
As inscrições poderão ser feitas de forma online, no site do Ministério da Defesa, ou em uma Junta de Serviço Militar de sua cidade.
Aqui estão os passos básicos para se inscrever:
- Acesse o site do Ministério da Defesa ou vá até uma Junta de Serviço Militar.
- Preencha o formulário com seus dados pessoais.
- Apresente os documentos necessários (RG, CPF, comprovante de residência).
- Acompanhe o processo e, caso selecionada, prepare-se para os treinamentos e o serviço militar.